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As nossas Igrejas também são monumentos de mérito

 

Matriz das Lajes

Há dias interessou-me esta notícia, que facilmente se pode ler no sitio http://rr.sapo.pt:

“Um roteiro turístico que tem por objectivo dar a conhecer o barroco, uma "idade de ouro" no país, com 44 monumentos, sítios e obras de arte deste período artístico, acaba de ser lançado pelo Turismo de Portugal. O roteiro, que existe "online", começou a ser distribuído em papel, a nível nacional, nos postos de turismo, e foi hoje apresentado à comunicação social através de um percurso, em Lisboa, por tês exemplos deste estilo artístico que se abriu à fusão de várias artes. Arte europeia caracterizada pela ornamentação exuberante, o barroco teve o ponto alto em Portugal durante o reinado de D. João V (1706-1750), numa altura em que os diamantes e o ouro do Brasil eram a principal fonte de riqueza do reino. O percurso passou pelo Miradouro da Graça, uma zona de fronteira entre a herança islâmica - das ruas labirínticas - e a nova Lisboa, de ruas largas e ordenadas, construída após o terramoto de 1755, descreveu Alexandra Curvelo, conservadora do Museu Nacional do Azulejo (MNA), que alberga azulejaria do período Barroco. A Igreja do Menino Deus, mais abaixo, está habitualmente encerrada, mas este grande exemplo do barroco em Lisboa, pode ser visitado mediante marcação. No interior desta obra do século XVIII, encomendada por D. João V, revela-se uma rica decoração de mármores coloridos e obras de pintores da época que cobrem as paredes e todo o tecto. Alexandra Curvelo destacou que o barroco "foi marcado por um tipo de arquitectura aberta à fusão das várias artes, e acabou por apresentar um conjunto de características que o tornaram um estilo muito rico e articulado. Acabou por tornar-se uma vivência e manifestar-se até na música e no teatro", observou. Também o Mosteiro da Madre de Deus e o Museu do Azulejo albergam alguns dos grandes tesouros do Barroco do património português: a talha dourada, o mármore policromo e a azulejaria, como é o caso da Vista Panorâmica Sobre Lisboa antes do terramoto, com 23 metros, um ex-líbris do museu. Pedro Matias, do Departamento de Dinamização do Turismo de Portugal, explicou que o roteiro surge na sequência de mais um projecto internacional da organização não governamental Museu Sem Fronteiras, sobre a arte barroca, que juntou Portugal, Alemanha, Áustria, Croácia, Itália, Hungria e República Checa. Com esta brochura, o Turismo de Portugal "pretende divulgar o barroco e os seus tesouros, muitos deles desconhecidos do próprio público português", sublinhou, dando como exemplo a Casa do Corpo Santo, em Setúbal, a Igreja de Nossa Senhora dos Prazeres, em Beja, a Igreja de São Lourenço, em Almancil, ou a Igreja de São João Evangelista, no Funchal.” Quatro percursos - na região do Porto e norte, na região centro, em Lisboa, e nas regiões do Alentejo, Algarve, Açores e Madeira - estão disponíveis no sítio: http://www.visitportugal.com.

Placa da Matriz das Lajes

Nos Açores apenas é referido o “Convento de São Gonçalo foi o primeiro a ser construído em Angra do Heroísmo, sendo o maior conjunto conventual da cidade. Foi fundado em 1545, mas sofreu remodelações posteriores. De exterior muito singelo, no interior da Igreja podem ver-se algumas obras notáveis como os retábulos em talha dourada, imagens e pinturas do séc. XVIII e painéis de azulejo datados dos sécs. XVII e XVIII. De notar ainda um crucifixo de grandes dimensões do séc. XVII, o Cristo Divino Imperador, atribuído à Escola Espanhola e uma magnífica grade, cuja forma oval a torna um exemplo único na arquitectura portuguesa.”

Placa da Matriz na Madragoa

Nesta sequência importa relevar que muitas das igrejas, pela nossa ilha além: Piedade, S. Francisco nas Lajes, São João, Prainha do Norte, Madalena, Bandeiras, Matriz de São Roque ou o Convento de S. Pedro de Alcântara, com magnífico painel de azulejos recentemente recuperados, tal como na Igreja de Santos, na Madragoa, deveriam conter, placa informativa, como a que existe no frontispício da Matriz das Lajes do Pico (mas falta outra referindo-a como um santuário de Nª Sª de Lurdes – a Padroeira dos Baleeiros) e tudo isso deveria estar a cargo dos respetivos municípios.

É que o lustre da Matriz de São Roque, como afirmava o saudoso P. José Idalmiro, havia sido oferecido àquela Matriz por D. João V - logo no tempo do “barroco” - e esse mesmo vulto da nossa cultura pugnava por placas identificativas ou de simples sinalização turística dos nossos templos, ao longo da nossa Estrada Regional, o que já vai sendo feito, ainda que de forma lenta, mas esperemos que se continue… Fica a sugestão aos municípios, quanto à placa com resenha histórica em cada igreja.

 

 

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